Antecipa-se um crescimento do investimento em construção de 2,1%, em 2023, de acordo com as previsões de Primavera da Comissão Europeia. Para 2024, Bruxelas antecipa ainda um aumento para 2,8%.
Todavia, as Contas Nacionais Trimestrais divulgadas pelo INE, referentes ao 1º Trimestre do ano, mostram um fraco arranque dos indicadores referentes ao setor da construção e do imobiliário, apurando-se um decréscimo, em termos homólogos, de 6,5% do Investimento em Construção, e de 3,7% do VAB do Setor.
De acordo com a Conjuntura da Construção, agora divulgada pela AICCOPN, o número de fogos em construções novas licenciados pelas Câmaras Municipais, no conjunto dos primeiros três meses do ano, totalizou 8.742, o que corresponde a um aumento de 7,1%, face aos 8.175 alojamentos licenciados no mesmo período do ano anterior.
Este aumento do número de fogos licenciados em construções novas, revela uma maior aposta dos investidores pela construção de edifícios multifamiliares, aponta a AICCOPN, uma vez que o número de licenças para construção de edifícios de habitação nova regista uma quebra de 13%, neste período.
Quanto ao montante dos novos empréstimos concedidos pelas instituições financeiras a particulares para aquisição de habitação, regista-se um aumento de 9% em termos homólogos, até março, totalizando 4.531 milhões de euros.
O consumo de cimento no mercado nacional totalizou 1.246 milhares de toneladas, até abril, o que traduz uma redução de 4,1%, face ao mesmo período de 2022. No que toca ao segmento da engenharia civil, nos primeiros quatro meses de 2023, observa-se uma evolução favorável nos principais indicadores. Já o volume total de concursos de empreitadas de obras públicas promovidos registou uma variação de 43,6%, em termos homólogos.
No que diz respeito ao volume total dos contratos de empreitadas de obras públicas, celebrados neste período e objeto de reporte no Portal Base até ao passado dia 15 de maio, verifica-se um acréscimo de 54,7%, em termos de variação homologa temporalmente comparável.