No 2.º trimestre de 2023, a percentagem de empresas que assinalam uma estabilização da atividade aumentou para 66%, o que traduz um incremento de 12 pontos percentuais (p.p.) face aos 54% apurados no trimestre anterior.
Segundo o inquérito à Situação do Setor, desenvolvido pela AICCOPN, importa também salientar que, do total de empresas inquiridas, 25% assinalaram um aumento da atividade e 9% indicaram um decréscimo da atividade neste trimestre, percentagens que traduzem reduções, face ao trimestre anterior, de 5 p.p. e 7 p.p, respetivamente.
Falta de mão-de-obra mantém-se como maior constrangimento à atividade
No segmento das Obras Públicas, os principais constrangimentos à atividade foram a falta de mão-de-obra especializada indicada por 70% das empresas e o aumento dos preços das matérias-primas, energia e dos materiais de construção referida por 34% das empresas, percentagens que correspondem a variações de +3 p.p. e -16 p.p., respetivamente.
O preço base dos concursos demasiado baixos, identificado por 30% das empresas, foi o terceiro problema mais reportado, seguido pela concorrência excessiva / preços anormalmente baixos, sinalizado por 29% dos inquiridos.
Já no segmento das Obras Privadas, a falta de mão-de-obra especializada e o aumento dos preços das matérias-primas, energia e dos materiais de construção, foram assinalados, respetivamente, por 80% e 66% das empresas.
O problema dos atrasos nos pagamentos passou a ser a terceira dificuldade mais relatada, tendo sido referido por 23% dos inquiridos. A concorrência desleal, reportada por 21% das empresas, foi o quarto problema mais indicado, neste segmento de atividade.