Habitação

AICCOPN: “PRR tem de resolver as carências habitacionais”



                      AICCOPN: “PRR tem de resolver as carências habitacionais”

A AICCOPN reiterou esta semana «a importância da concretização dos investimentos previstos no Plano de Recuperação e Resiliência para o domínio da habitação, os quais estão, sobretudo, orientados para resolver as carências mais graves nesta matéria», destacando que esta é «uma oportunidade para reforçar o tecido empresarial nacional, sobretudo as pequenas e médias empresas de construção, que devem ser apoiadas no imprescindível processo de qualificação e de posicionamento competitivo».

Manuel Reis Campos, Presidente da associação, relembra que «com 1.583 milhões de euros em subvenções previstas, o Estado vai ter acesso a um volume importante de fundos comunitários que lhe vão permitir responder a situações como a erradicação de condições indignas de habitação, ou a criação de alojamento urgente e temporário. É inquestionável a importância destas prioridades e a necessidade de executar os recursos europeus de forma correta e atempada e, para isso, vai ser preciso mobilizar todo o tecido empresarial do Setor, que é composto por empresas de diferentes dimensões e especialidades».

O dirigente associativo considera que «qualificar as empresas e apoiar a sua transição para modelos mais sustentáveis, é a única forma de cumprir o PRR e assegurar um impacto efetivo na economia e no emprego. Esta é uma opção estratégica da própria Europa que assumiu, na Estratégia Europeia para uma Vaga de Renovação, que estabelece metas objetivas como a duplicação das taxas atuais de reabilitação energética dos edifícios residenciais e não residenciais, a melhoria do desempenho energético de 35 milhões de edifícios e a criação de 160 mil empregos “verdes” adicionais no setor da construção».

Por forma a «assegurar que Portugal não fica à margem da restante Europa», a AICCOPN considera que é necessário «apoiar o posicionamento competitivo das empresas portuguesas do setor, para o qual o planeamento e calendarização dos investimentos é fundamental», alerta, apontando para a necessidade de «reorientar o sistema de formação profissional, para que este possa dar resposta às necessidades das empresas».

«Criar competências e ajustar a qualificação da mão de obra aos investimentos que se estão a anunciar requer capacidade de antecipação e um trabalho conjunto do Governo e demais entidades públicas com as empresas, com as Universidades e com os dois centros de formação de excelência do setor, o CICCOPN e o CENFIC, que são essenciais para assegurar formação profissional técnica especializada», afirma ainda Reis Campos, que conclui que «o aumento da oferta de habitação social, a modernização de um parque edificado que deve estar alinhado com as novas exigências em matéria de sustentabilidade e segurança, bem como o grande desafio da Construção 4.0, são objetivos que têm de avançar de imediato no terreno pois, só assim poderemos começar a resolver os problemas estruturais da habitação».

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