Através da Sociedade de Iniciativa e Aproveitamentos Florestais – Energia, detida pela subsidiária Capwatt, a Sonae Capital contratualizou a sua primeira emissão de obrigações associadas a projetos sustentáveis, no valor de 40,8 milhões de euros.
Estas “green bonds”, ou obrigações verdes, são um instrumento de dívida que permite às empresas financiar investimentos com benefícios ambientais. A operação em causa vai financiar a Central de Biomassa de Mangualde, desenvolvida e operada pela Capwatt desde 2020, que representa um investimento de 50 milhões de euros e produz energia a partir de biomassa florestal residual.
Segundo a Sonae Capital, «a Central de Biomassa de Mangualde contribui para a descarbonização do sector electroprodutor e da indústria portuguesa, tendo igualmente um contributo importante para a otimização da gestão florestal da região e, consequentemente, para a minimização do risco de incêndios florestais. Esta central valoriza anualmente cerca de 300 mil toneladas de biomassa florestal residual (não consome madeira virgem) , promovendo a economia circular e satisfazendo a totalidade das necessidades de energia térmica da unidade industrial da Sonae Arauco na mesma localização e gerando adicionalmente 83 GWh/ano de energia renovável descentralizada», pode ler-se em comunicado.
Ivone Teixeira, CFO da Sonae Capital, comenta que «a Sonae Capital está empenhada em contribuir para a descarbonização da economia e a Capwatt tem tido um papel relevante nesta frente, nomeadamente, no desenvolvimento das energias renováveis. Esta emissão de green bonds permite, também, reforçar a posição de liquidez da Sonae Capital, diversificando as fontes de financiamento e aumentando a maturidade média da dívida».