Construção

Setenta países comprometem-se a tornar a construção mais sustentável



                      Setenta países comprometem-se a tornar a construção mais sustentável
Fotografia de Scott Webb, Pexels.

Governos de 70 países ratificaram em Paris a Declaração de Chaillot, com o intuito de reavaliar e adaptar a forma de construir edifícios, visando mitigar o aquecimento global e, ao mesmo tempo, proteger os edifícios das ondas de calor e das intempéries. Esta iniciativa propõe privilegiar a renovação em detrimento da construção nova e reutilizar materiais.

Os ministros com as áreas do ambiente ou da construção dos países signatários adotaram a “Declaração de Chaillot”, nome do palácio parisiense onde foi concluída, durante o primeiro "Fórum Mundial sobre Edifícios e Clima", realizado no Palácio de Chaillot, em Paris, organizado pela Agência das Nações Unidas para o Ambiente em conjunto com o Governo francês.

«A declaração continua aberta a novos apoios e tem a virtude de reunir mais países nas próximas semanas», sublinhou o Ministério francês da Transição Ecológica, de acordo com a Lusa, citada pelo Idealista/news.

Objetivo principal é descarbonizar a indústria da construção

O objetivo primordial é descarbonizar a indústria da construção, um dos principais emissores de gases com efeito de estufa, e ao mesmo tempo tornar os edifícios mais resistentes às tempestades, inundações e ondas de calor que estão a aumentar, especialmente nos países mais vulneráveis do Sul.

De salientar que esta foi a primeira vez que construtores, arquitetos, engenheiros, gabinetes de estudos e fabricantes de materiais de todo o mundo reuniram-se com diplomatas e doadores internacionais para debater a questão climática.

A situação é urgente e a construção é um setor em que «as emissões globais de gases com efeito de estufa continuam a aumentar» e que «não está no bom caminho para atingir a descarbonização até 2050», de acordo com a declaração adotada, citada pelo mesmo meio.

Ligia Noronha, subsecretária-geral da ONU, salientou que «a participação do setor privado terá de atingir mais de 24 mil milhões de euros em 2030 para atingir esse zero líquido», sendo que «é necessário redirecionar os fluxos financeiros», bem como um «quadro regulamentar propício», declarou.

Mas «110 países não têm normas obrigatórias em matéria de eficiência energética», lamentou o diretor executivo da Agência Internacional da Energia, Fatih Birol.

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