No Palácio Sottomayor, em Lisboa, teve lugar a apresentação do estudo "REvolution - An ESG roadmap for Real Estate", no dia 12 de julho, realizado no âmbito de uma parceria entre a PwC Portugal, a Worx Real Estate Consultants, a CCR Legal - Sociedade de Advogados e a Átomo Capital Partners.
O estudo desenvolveu-se no seguimento de um inquérito realizado a proprietários e a ocupantes de edifícios de escritórios, com o intuito de percecionar de que modo temas como o ESG impactam as suas tomadas de decisão.
De facto, as empresas portuguesas «não estão preparadas para a implementação do European Green Deal», indica o estudo, «pois muitas revelam uma falta de conhecimento sobre este pacto». A taxa de descarbonização da economia em Portugal é apenas de 11,3%, ou seja, não é suficiente para atingir as metas definidas no Acordo de Paris.
Por isso, este estudo tem como intento perceber o que já se encontra a ser feito pelas empresas portuguesas neste âmbito. Como refere o estudo, é importante que o tema as «certificações sejam agora vistas como uma ação imperativa e não apenas uma moda nos edifícios de escritórios»: os proprietários consideram principalmente a certificação LEED para a sua estratégia de sustentabilidade (45%), sendo também a mais reconhecida pelos arrendatários de espaços de escritórios (72%). As certificações BREEAM e WELL, também são consideradas relevantes (36%).
Em termos de iniciativas sociais e de governance, os proprietários centram-se cada vez mais no bem-estar dos colaboradores e na gestão dos espaços comuns e verdes: «numa era em que o teletrabalho está, cada vez mais, instituído, os edifícios têm um papel cada vez maior na capacidade das empresas em atraírem os seus recursos para os espaços de trabalho. Tanto proprietários como arrendatários estão cientes desta questão, e procuram adaptar os seus espaços a estas tendências», de acordo com o estudo.