Lisboa Solar, é o nome de um dos projetos do novo executivo camarário de Lisboa que consta das Grandes Opções do Plano 2022-2026, aprovado no final de janeiro na Assembleia Municipal, e que tem como objetivo aproveitar o potencial solar da cidade para produzir energia.
O projeto insere-se no Pilar B da estratégia da autarquia para os próximos 4 anos, denominado Uma Cidade Sustentável, que prevê um investimento total de 496,1 milhões de euros, 36% do investimento total previsto até 2026.
O Lisboa Solar tem como objetivo aproveitar a energia solar da cidade, através da instalação de várias Unidades de Produção para Autoconsumo no parque de edifícios e equipamentos municipais, «para satisfazer parte das atuais necessidades energéticas», e também para «promover a instalação de sistemas solares (térmicos, fotovoltaicos e híbridos) para aquecimento de águas quentes sanitárias e produção de eletricidade para autoconsumo em edifícios residenciais, de serviços e comerciais, públicos e privados, priorizando escolas e edifícios de habitação social», conforme é descrito nas GOP 2022-2026.
Do Lisboa Solar faz parte o aumento da capacidade instalada de produção de energia solar fotovoltaica na cidade, através da instalação de novas centrais, como a Central Fotovoltaica de Carnide, que deverá ser concluída em dezembro de 2024, num investimento de 2,1 milhões de euros da CML.
O Plano de Ação Climática Lisboa 2030 destaca que «a radiação solar total que incide nos telhados da cidade representa uma quantidade de energia equivalente a sete vezes o consumo de eletricidade» da cidade, cita o DN. Por outro lado, «44% dos telhados têm boa e muito boa exposição solar», e por isso mesmo «o potencial de geração de eletricidade solar é equivalente a 95% do consumo de eletricidade em Lisboa em 2016».
O Lisboa Solar também foi incluído nos compromissos de Lisboa no âmbito da “Missão 100 cidades com impacto neutro no clima e inteligentes até 2030”, aprovados em reunião de câmara de 28 de janeiro. A promoção da instalação de sistemas solares para aquecimento de águas quentes sanitárias e autoconsumo será feita «com recurso a um novo programa de incentivos municipais, em complementaridade com os já existentes».