O Hub Criativo do Beato, em Lisboa, terá já a partir de maio um Living Lab (um Laboratório Vivo), que vai implementar medidas que promovam a descarbonização e a mitigação das alterações climáticas.
O laboratório vai criar uma comunidade produtora de energia, espaços para agricultura urbana e sistemas de energia e iluminação inteligentes, entre outras medidas e ações concretas que serão entretanto anunciadas.
Miguel Fontes, diretor executivo da Startup Lisboa, explica ao Público que este laboratório «tem várias dimensões que vão desde a energia, passando pela mobilidade, pela economia circular, pela gestão e utilização dos dados de forma inteligente para garantirmos que o HCB dá um contributo decisivo para criarmos uma cidade cada vez mais social e ambientalmente sustentável».
«A ideia foi mobilizar muitos dos parceiros que estarão instalados no HCB para construir aquilo que chamamos de laboratório vivo que tem um conjunto de dimensões desde a energia, passando pelas questões da economia circular, pela geração de dados úteis e de monitorização de desempenhos de vária ordem», cita o Idealista News.
O Living Lab resulta de uma candidatura feita ao Programa “Ambiente, Alterações Climáticas e Economia de Baixo Carbono”, e será financiado em 40% pelo Mecanismo Financeiro plurianual, EEA Grants, através do qual a Islândia, o Liechtenstein e a Noruega apoiam os Estados-membros da União Europeia (UE). Tem coordenação técnica da Lisboa E-Nova, em parceria com a Câmara de Lisboa e um prazo de execução de três anos, terminando em 2024.
Anunciado em 2016, o Hub Criativo do Beato já teve várias datas previstas para a sua inauguração, a última das quais em 2020, quando arrancaram as obras de infraestruturas, entretanto adiada pela pandemia. Miguel Fontes garante que estas estão praticamente concluídas, e que «há obras que já estão mais avançadas, como é o caso do primeiro edifício que entrou em obras da [incubadora de startups alemã] Factory, que ainda este ano abrirá portas. As coisas estão a avançar. Não há um momento de abertura, vamos tendo vários momentos de abertura à medida que os edifícios vão sendo concluídos», conclui.