O Governo está a preparar novos programas de apoio à melhoria da eficiência energética, que vão substituir o Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis, que vai terminar. O foco serão as famílias mais vulneráveis.
«Estamos a preparar uma nova iniciativa de combate à pobreza energética», avançou a ministra da Energia e do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, falando numa audição na Assembleia na República na última sexta-feira, para discutir as medidas da Energia e do Ambiente incluídas na proposta do Orçamento do Estado para o próximo ano.
O PAE+S não terá continuidade. «Vamos esgotar o valor desse programa e não continuar», afirmou a ministra. «Como o Fundo Ambiental tem poucas pessoas a trabalhar, tem tido dificuldade na avaliação das candidaturas desse programa [cerca de 90.000]», cita o Eco. Assim, o programa será substituído por outros dois, com um orçamento de cerca de 50 milhões de euros cada um.
Um dos novos programas é o programa E-lar, semelhante ao Vale Eficiência, que vai apoiar as famílias vulneráveis oferecendo apoios para melhorar a eficiência energética das habitações e a aquisição de equipamentos eficientes, para promover a eletrificação dos consumos. «É chegar com um vale e levar o dinheiro, para ser muito mais rápido», disse a ministra.
Em paralelo, o programa Áreas Urbanas Sustentáveis destina-se a apoiar intervenções de eficiência energética como isolamento térmico de edifícios e atuação em espaços públicos, incluindo zonas verdes, a aplicar em territórios urbanos com maiores vulnerabilidades sociais e riscos de pobreza energética. Os beneficiários serão as juntas de freguesia, associações de moradores ou IPSS, para facilitar, e «para que não tenhamos de lidar com um grande número de aplicantes, mas sim com um conjunto de casas, com um facilitador», cita o mesmo jornal.
Ainda, o Governo quer também reforçar com 2,5 milhões de euros o programa de apoio à aquisição de botijas de gás, o Bilha Solidária.