O Fundo Land tem como objetivo captar 500 milhões de euros em cinco anos e promete um retorno de cerca de 10% aos investidores. O objetivo passa por recuperar florestas e sequestrar carbono, explicaram os porta-vozes do fundo de investimento imobiliário português à Lusa, cita o Dinheiro Vivo.
O Fundo Land é o primeiro fundo de investimento imobiliário português visando a sustentabilidade, com autorização da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), obtida em fevereiro.
«O objetivo é captar 500 milhões de euros, maioritariamente de investidores internacionais, em cinco anos, para realizar intervenções num total de áreas até 200 mil hectares» por todo o país, com mais incidência nas zonas desertificadas, explicou João Raimundo, porta-voz do fundo.
O fundo aponta para um retorno de 10% ao longo da sua vida, de 15 anos, renovável por períodos de cinco anos. Todavia, o retorno do investimento depende de vários fatores, como a evolução do preço do carbono, no mercado, refere João Raimundo, acrescentando que atualmente «estamos a captar investimento e, até final do ano, pretendemos conseguir angariar o montante adequado para começar a comprar terrenos».
O grupo de profissionais de diferentes setores que se uniram para criar o fundo estabeleceram como tarefa principal a aquisição e gestão responsável de terras, sobretudo as abandonadas por terem sido destruídas por incêndios ou por serem solos degradados, mas também o sequestro de carbono e a dinamização das regiões.
Esta gestão inclui «reflorestar com espécies autóctones, mais adaptadas à seca e mais resilientes aos incêndios, recuperar ecossistemas, e captar carbono», contribuindo para a redução da pegada carbónica das entidades ou empresas investidoras no fundo, sublinhou Ângela Lucas, também porta-voz do fundo. O Land tem como meta atingir 750.000 toneladas de carbono sequestradas por ano.