Duarte Cordeiro inaugura Central Fotovoltaica da Revigrés



                      Duarte Cordeiro inaugura Central Fotovoltaica da Revigrés

Foi inaugurada a segunda fase da Central Fotovoltaica de Autoconsumo da Revigrés, esta quarta-feira, em Águeda. A Helexia foi a empresa parceira responsável pela projeção, concretização e implantação desta nova fase da central fotovoltaica.

Em funcionamento estão 7.328 painéis fotovoltaicos e uma potência de 2.9MWp, que resultam numa produção de energia solar de 4 GWh/ano. Com o novo parque fotovoltaico é também possível uma redução nas emissões de CO2 em 1826 toneladas/ano, o que corresponde à plantação de cerca de 47 mil árvores.

Victor Ribeiro, CEO da Revigrés indica que «a segunda fase da instalação da Central Fotovoltaica de Autoconsumo da Revigrés permitiu-nos reforçar a produção de energia limpa de 1,2GWh/ano para cerca de 4GWh/ano. Com esta aposta, perto de 20% da energia consumida nas nossas unidades fabris provem de fontes renováveis, evitando a emissão de 1826 toneladas de CO2 por ano. Mais um marco importante, numa já de si ampla política de sustentabilidade, o que nos permite afirmar que a nossa cerâmica é mesmo verde».

Revigrés é um exemplo em vários aspectos

O ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, discursou durante a sessão de inauguração da Central Fotovoltaica para Autoconsumo da Revigrés. O ministro destaca a Revigrés como «um exemplo em vários aspectos»: na valorização dos resíduos, na capacidade que tem de reaproveitamento dos materiais, nomeadamente o plástico, o aproveitamento das águas residuais etc.

Assim como a Revigrés, «temos vários projetos para o futuro e queremos ambicionar ser uma referência em procurar acompanhar as empresas, que têm a emissão como voz, relativamente a todos os projetos para o futuro», salienta Duarte Cordeiro, acrescentando que «queremos chegar ao final do mandato com 80% da energia elétrica portuguesa a ser de energia renovável».

Ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro
Ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro

Tendo em conta os investimentos no setor energético português, «se considerarmos que conseguimos aproveitar todas as perspetivas de investimento que nós temos identificadas e apresentadas, identificamos 60 mil milhões de euros no setor energéticos português, neste momento. Estamos a falar de cerca de 25% do PIB nacional», sublinha.

Duarte Cordeiro enfatiza que, a partir do setor energético, «estamos a gerar competitividade, investimento, criação de riqueza e novos empregos para toda a economia nacional». O ministro refere que «estamos à frente» no que diz respeito à estratégia de hidrogénio, com projetos muito concretos: «queremos ser um país produtor de hidrogénio».

Esta é a década mais importante

O ministro do Ambiente e da Ação Climática mostra-se ciente da «grande oportunidade que temos», sendo esta a «década mais importante», uma vez que será «determinante para tudo aquilo que nós podemos vir a beneficiar, do ponto de vista de redução de emissões, mas também do ponto de vista do desenvolvimento económico do país».

Em termos de redução de preços da eletricidade, Duarte Cordeiro frisa que «nós conseguimos reduzir os preços da eletricidade», apontando ao mecanismo ibérico, e ao investimento de 4,5 mil milhões de euros para reduzir as tarifas de acesso às redes, que permitiu que o preço da eletricidade no mercado regulado baixasse 3% no mês de abril. Referiu, também, o mecanismo que «adotámos para as empresas que consomem mais de 10 mil metros cúbicos de gás, que nos tem permitido, desde o início do ano, reduzir o preço do gás em cerca de 26%».

A inauguração da segunda fase da Central Fotovoltaica para Autoconsumo da Revigrés contou ainda com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Águeda, Jorge Almeida, do Presidente da APICER, José Pratas, e do Presidente da Associação Portuguesa dos Promotores de Imobiliário e Investimento, Hugo Santos Ferreira.

Revigrés ambiciona futuro assente numa estratégia de otimização de processos

A Revigrés planeia um futuro assente numa estratégia de otimização de processos e em objetivos comerciais ambiciosos, apoiados na inovação tecnológica e em soluções cerâmicas diferenciadoras, com foco na sustentabilidade.

Paula Roque, Managing Partner, Revigrés
Paula Roque, Managing Partner, Revigrés

De destacar a co-promoção de dois projetos integrados nas Agendas Mobilizadoras e Agendas Verdes para a Inovação Empresarial do PRR - Plano de Recuperação e Resiliência, tendo em vista o cumprimento das metas da Neutralidade Carbónica.

Já a Helexia tem o compromisso de ajudar as empresas nos seus roteiros de descarbonização contribuindo assim para uma economia de baixo carbono. Neste caminho, tem em operação 25MWp que produzem 60 GWh/ano de energia limpa, o que corresponde a 27% das necessidades energéticas dos clientes. Tem ainda, em construção, 52MWp e vários projetos de eficiência energética e mobilidade elétrica que reforçam o seu compromisso com a descarbonização.

«O setor da indústria em Portugal tem um enorme potencial para melhorar a competitividade através da descarbonização da geração de energia, que progressivamente pode ser local e renovável devido à evolução da tecnologia e da regulamentação. O setor onde se insere a Indústria da Cerâmica teve em 2021 um autoconsumo de eletricidade abaixo de 0.9%, de acordo com dados oficiais, quando o potencial global é da ordem dos 13%, segundo um estudo publicado pela Helexia. Atingir um autoconsumo perto dos 20%, permite à Revigrés beneficiar de um custo de eletricidade competitivo e de aumentar a sua independência energética a longo prazo», referiu Pedro Antão Alves, Diretor Comercial da Helexia.

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