Na sequência do lançamento do Roteiro da Indústria Cimenteira Nacional para a Neutralidade Carbónica em 2050, a ATIC (Associação Técnica da Indústria de Cimento) e a APEB (Associação Portuguesa das Empresas de Betão Pronto) assinaram um protocolo de colaboração para «fomentar a economia circular rumo a um ecossistema da construção verde e digital».
Em comunicado, pode ler-se que «o cimento e o betão dão um valioso contributo para a implementação do Novo Bauhaus Europeu e para a concretização da Vaga de Renovação de edifícios, rumo às cidades inteligentes do futuro. Contribuem para o sucesso da Proposta da Comissão Europeia de revisão da Diretiva relativa ao Desempenho Energético dos Edifícios».
Esta diretiva define como a Europa pode alcançar um parque imobiliário sem emissões e totalmente descarbonizado até 2050, o que é um edifício com emissões zero e novas métricas de desempenho, visa a modernização do parque imobiliário, a digitalização dos sistemas de energia dos edifícios e a implantação de uma estrutura para a mobilidade sustentável e introduz padrões mínimos de desempenho energético.
Elemento-chave do betão, o cimento «é fundamental para a construção sustentável, contribui para edifícios inovadores e energeticamente eficientes, potencia a absorção de CO2 por edifícios e infraestruturas, minimiza os efeitos ambientais e os congestionamentos na área dos transportes, é utilizado em projetos de grande escala para captar energia de fontes renováveis e permite a construção de infraestruturas resistentes e duradouras com capacidade de adaptação às alterações climáticas», pode ainda ler-se no mesmo comunicado.
«O protocolo agora assinado entre a ATIC e a APEB visa incrementar este desempenho, identificando como temas prioritários conjuntos a inércia térmica, a resistência ao fogo, a durabilidade, a reciclabilidade e a construção sustentável, e contribuindo para um ambiente construído mais ecológico».